Maldivas

Maldivas

Uma das grandes atrações das Maldivas é o número infinito de pontos de mergulho extraordinários!!!!

A república das Maldivas é uma grandiosa cadeia de minúsculas ilhas que se estica por 868 km no Oceano Índico. As ilhas são agrupadas em recifes com formatos de anéis chamados de atóis. Cada atol circunda uma lagoa central com fundo de areia e profundidade variando de 35 a 85 metros.
Existem 26 atóis nas Maldivas com aproximadamente 1200 ilhas, 200 desabitadas e outras 100 transformadas em resorts de luxo, mas para chegar nos melhores pontos de mergulho a melhor opção é ficar embarcado num dos luxuosos liveabords.

A primeira impressão que temos ao olhar através da janela do avião é de centenas de minúsculas ilhas desabitadas, com praias de areia branca, cercadas de um mar azul lindíssimo que varia de turquesa na parte mais rasa ao azul marinho quase roxo no mais profundo. No raso, a água transparente deixa a mostra alguns corais. É de tirar o fôlego!!!

O aeroporto de Malé, capital das Maldivas, é pequeno, mas com um movimento grande de aeronaves e táxis-aéreos. Logo que chegamos, o representante do nosso liveaboard já estava nos esperando ansioso para conhecer o primeiro grupo de brasileiros a bordo.

O barco é bem espaçoso com quartos amplos e confortavéis, banheiros privativos grandes com água quente à vontade, ar condicionado e janelas para o mar. Complementam o charme da embarcação um salão amplo para refeições, barzinho com chopeira, solarium com espreguiçadeiras, ambiente com dvd e música, cozinha, mesas e bancos também na popa. E uma banheira jacuzzi para 4 pessoas na proa! Puro charme. Tanque de água doce para máquinas fotográficas e filmadoras. Ducha de água doce e outra salgada na plataforma. Mas o melhor é que todo equipamento de mergulho e os compressores de ar e nitrox vão em outro barco que eles chamam de dhoni e, por isso, você consegue dormir e curtir os intervalos de superfície sem barulho algum, somente a alegria do grupo. As Maldivas tem um clima tropical com temperaturas agradáveis variando de 25 a 30 graus quase o ano todo. Com 2 estações distintas chamadas de monções que afetam as correntes: a monção seca do nordeste (chamada de Iruvai pelos locais) vai de Dezembro a Abril ( mar mais calmo e claro) ou a monção sudoeste úmida (chamada de Hulhangu) que vai de Maio a Novembro (época com mais tubarões-baleia).

A temperatura da água é sempre muito agradável variando de 27 a 30 graus Celsius. As correntes nas Maldivas são fortes e quase todos os mergulhos são em correnteza, na maioria das vezes a favor e algumas vezes contra, o que requer um pouco de experiência dos mergulhadores, um salsichão para marcar a parada de segurança obrigatória em todos os mergulhos: mas a vida subaquática riquíssima compensa qualquer esforço.

Logo no check dive, mergulho obrigatório para acertar a flutuabilidade de todos no ponto Kurumba, no Atol norte de Malé, já tivemos a certeza que os mergulhos seriam inesquecíveis: uma profusão de cores e uma variedade de peixes absurda nos encantou! Cardumes de fusilier nos dando boas vindas, além de peixes unicórnios, borboletas de todos os tipos, peixe anjo real, imperador, muitos peixes-leão e dois nudibranquios. Na volta dos mergulhos éramos sempre esperados com um delicioso lanche, almoço ou jantar a bordo do barco-mãe (nossa casa por uma semana). Normalmente os mergulhos começam bem cedo, lá pelas 6:30 h, depois de um rápido café e “briefing” bem detalhado dos instrutores locais, para vermos os bichos grandes. A descida era sempre rápida para não perdemos o ponto e às vezes tínhamos que nadar um pouco contra a corrente até chegarmos num local abrigado e ficarmos na entrada da corrente somente observando cardumes imensos de peixes de passagem, atuns, xaréus, tartarugas (super dóceis) e vários tubarões, especialmente o galha branca e o grande tubarão cinza de recife. Depois de um rápido giro pelo ponto, podíamos descobrir uma grande quantidade de corais e imensas gorgônias abrigando muitas outras espécies de peixes e crustáceos. Toda essa movimentação, abria o nosso apetite para o generoso café da manhã preparado pelo chef com direito a frutas, suco, omeletes, panquecas, frios e pães, além de outras coisas típicas como feijão doce e picante. Um intervalo de aproximadamente 2 horas, tempo necessário para encher os cilindros e mudarmos de ponto e já estávamos loucos para curtir aquele mar paradisíaco de novo.

Nas Maldivas existe uma variedade enorme de pontos diferentes e muitos naufrágios para agradar a todos os tipos de mergulhadores, especialmente os fotógrafos. Um desses que é muito especial, o cargueiro Maldive Victory (Sudoeste de Hulhule Reef), de 83 metros que afundou numa sexta feira 13 de fevereiro de 1991 e está em posição de navegação na areia aos 35 metros e recoberto de esponjas e corais e é abrigo de muitas espécies coloridas tais como: cangulus azuis e pretos, batfishes (peixes ovais parecidos com os nossos enxadas), anthias, xaréus, peixe-imperador, borboletas bicudas e amarelas, cofrinho, baiacu e muitos nudibranquios. Tem boas aberturas a partir do deck principal, que permitem aos mergulhadores mais experientes e devidamente certificados fazerem um tour dentro dele para ver ainda alguns sacos de cimento que eram transportados naquela época e existem algumas espécies de ostras nas pilastras,como a “true oyster (Lopha cristagalli)” ou a ostra gigante (giant clam) de uma cor azul intensa.

Existem vários pontos que são famosos por se verem as Mantas nas Maldivas, são chamados de estações de limpeza, elas chegam com a corrente e ficam paradas, enquanto os peixes limpadores, (Labroides dimidiatus) em pares, removem a pele velha e os parasitas. As mantas circundam as pedras esperando a sua vez e depois de limpas, nadam graciosamente pelo recife no raso se alimentando de zooplancton. A visão desses animais gigantescos e dóceis é emocionante!

No Atol Sul de Male (Kaafu), fizemos vários mergulhos lindos, mas um marcante foi na região de Guraidhoo, no ponto chamado de Lhosfushi Kandu, onde caímos no azul e já vimos um grupo de 8 tubarões galha branca , em seguida passamos por um canal estreito coberto de gorgônias amarelas e vermelhas com vários crinóides (feather stars) coloridos preso às mesmas, além de cardumes grandes de fusiliers, cocorocas, olho de cão e muitas garoupas enormes bem mansas. A quantidade de moréias também chamou atenção e às vezes numa toca só, víamos 3 diferentes. Uma muito bonita é a moréia favo de mel (Gymnothorax favagineus) branca e com padrões pretos que lembram um favo.

No Ari Atol Sul (Alifu Dhaalu) fizemos mergulhos especiais nos Thilas, recifes de corais que tem seu cabeço a poucos metros da superfície, Baiypolhi thila e Ranveli thila nos encantou com seus blocos de corais moles coloridos, cardumes gigantes de oriental sweetlips (Plectorhynchus orientalis) e cangulus azuis, vários peixes–pedra, um polvo fora da toca, papagaios, barracudas enormes e uma variedade imensa de anêmonas gigantes coloridas: rosa, azul, roxa com seus peixes-palhaços a postos.

O lado sudoeste do Ari Atol, especialmente o ponto Ariyadu Kandu é famoso no mundo inteiro pela aparição regular durante o ano todo de Tubarões-baleia. Os barcos ficam navegando em toda extensão do recife a procura dos tubarões e quando avistados os mergulhadores primeiro fazem mergulho livre com os mesmos, enquanto os cilindros são recarregados nos Dhonis e depois fazem o mergulho autônomo. Infelizmente, não tivemos essa sorte, desta vez.

No Ari Atol Norte (Alifu Alifu), outros mergulhos fantásticos e coloridos no Buri thila e um noturno muito especial no Ellaidho Thila: cangulo-palhaço (Balistoides conspicillum), Cangulu Titan (Balistoides viridescens), raias pregos, peixes anjo real, corais negros e mesas de corais duros com cardumes de peixinhos de barriga transparente (glassfish), o longnose hawkfish escondido em gorgônias. Filhotes de tubarões galha branca em tocas, moréias gigantes, lagosta e camarões palhaços, além de simpáticos ermitões nos fizeram apaixonar de vez pelos mergulhos nas Maldivas.

Um jantar surpresa numa Ilha deserta, com direito a flores e velas, além de manta e tubarão baleia desenhados na areia, com direito a lua cheia foi a nossa noite de despedida, especialmente preparada com carinho pelos tripulantes do nosso liveaboard.

Para fechar com chave de ouro, nosso último mergulho no ponto conhecido como Fish Head (considerado um dos 10 melhores pontos de mergulho do mundo), um napoleão gigante, que de tão dócil que era, nos lembrou um cachorro a procura de carinho, nos acompanhou o mergulho todo, fazendo a alegria dos fotógrafos, principalmente quando se juntou ao grupo para uma foto com a bandeira do Brasil!

Depois de todos esses mergulhos maravilhosos, ficamos um dia hospedados no resort Hulhule para descansarmos, conhecermos um pouco da capital Male, seus atrativos, compras e sua população. Fizemos um city tour a pé, pois a cidade é bem pequena visitamos a Mesquita “Grand Friday” , o mercado de peixes, o Palácio do Sultão, o Palácio do Presidente, o museu nacional e algumas lojas de artesanato local (muitos artigos feitos com fibra de coco e madrepérola). À tarde, fizemos um passeio imperdível que é o vôo panorâmico de hidroavião para vermos a belíssima região.

Informações importantes: Como chegar: Existem várias possibilidades a partir da Europa, mas a melhor a partir do Brasil é pela Emirates, SP/Dubai/Male. A Omnimare oferece pacotes com varias opções e acompanhamento de grupos. Informações: viagens@omnimare.com.br

Idioma: O Dhivehi é a língua oficial, mas o inglês é falado em todas as partes.

Religião:100% Islamismo

Moeda local: A moeda local é a Rupia, mas em todos os lugares se aceitam dólares.

Documentos para entrada: passaporte com validade de no mínimo 6 meses e certificado internacional contra febre amarela. O visto de 30 dias é fornecido no aeroporto no momento do desembarque.

Na volta a caminho do Brasil, passamos 02 dias em Dubai, nos Emirados Árabes, a cidade mais balada do momento. É uma meca ao consumismo com suas centenas de shoppings (alguns temáticos como do Egito, outro com pista de esqui) e lojas espalhadas pela cidade e com preços bem convidativos (algumas agrupadas numa região da cidade especializadas em determinados produtos chamadas “souks”). Possui uma mescla interessante de prédios antigos e super modernos como o hotel mais caro do mundo: o Burj Al Arab, famoso pela sua estrutura em forma de vela e pelo luxo, Jumeirah Beach Hotel, suas ilhas artificiais e condomínios lindíssimos. É interessante fazer um city tour para conhecer as diversas atrações: o museu de Dubai (muito interessante pois recria toda a história do local com estátuas que parecem verdadeiras dos primeiros habitantes e suas atividades comerciais), o Bastakia ( bairro de colonização iraniana, comércio e costumes), a região de Creek com seus antigos comércios (souks) de especiarias, roupas, eletrônicos ou de ouro, restaurantes a beira do rio e onde é possível fazer uma travessia para o outro lado da cidade num barco típico, chamado de Abra, que funciona como um táxi aquático coletivo, para melhor observar a população local: uma mistura de varias nacionalidades (árabes, indianos, paquistaneses, libaneses, europeus, chineses e até brasileiros atraídos pelas possibilidade de novos negócios). A grande maioria da população é muçulmana e é comum vermos homens usando os tradicionais dishdasha (um longo e branco vestido-camisa) e mulheres mais jovens usando um abaya (longa capa negra) ou lenço em volta do rosto e cabelos e as mulheres mais velhas usando burcas (deixando somente os olhos de fora). Existem muitas opções de agito para quem quer curtir a noite, uma variedade grande de bares, restaurantes e casa noturnas, além de teatros e cinemas. Mas é bom lembrar que Dubai fica num país muçulmano e bebidas alcoólicas só são vendidas aos visitantes e dentro dos bares e restaurantes dos hotéis. Uma boa opção é conhecer um dos diversos restaurantes árabes a beira do rio em Creek ou jantar num dos barcos que ficam navegando ao longo do rio e oferecem musica e shows típicos a bordo. Com certeza, Dubai é uma boa opção de diversão após uma semana de mergulho!
Informações importantes:

Como chegar: a Emirates voa de SP a Dubai 6 vezes por semana.A Omnimare tem pacotes integrados com mergulho ou não para lá. Informações e reservas pelo telefone: 12- 3832-2005 ou pelo e-mail: viagens@omnimare.com.br

Clima: Localizado exatamente sob o Trópico de Câncer, têm temperaturas amenas e dias ensolarados no inverno e muito calor e umidade nos meses de verão. As noites podem ser mais frias, especialmente no inverno. Quando ir: De novembro a março é garantia de tempo bom durante o dia. De junho a setembro: o calor e a umidade são intensos e podem se tornar incômodos, embora os preços dos hotéis sejam atraentes nesta época.

Moeda local: a moeda local é o dirham, mas o dólar é aceito em muitos lugares. US$1 é igual a Dhs 3,6725.

Onde ficar: existem muitas opções de hotéis: os mais luxuosos e caros como o Burj Al arab, o Jumeirah Beach hotel, o Fairmont Dubai e grandes redes como Hilton, Meridien, Ritz ou de preços mais acessíveis, mas bem confortáveis como o Novotel, Towers Rotana e o Majestic hotel.

Documentos para entrada: passaporte com validade mínima de 6 meses e visto que pode ser emitido através da reserva de hotel ou no aeroporto.Existe um visto para passageiros em transito que queiram conhecer a cidade e iram permanecer de 5 a 96 horas em Dubai. Mais informações na Embaixada dos emirados árabes no Brasil: www.uae.org.br

Texto e fotos de Elsie C. Orabona (Formada em Licenciatura em língua inglesa e Tradução e Interprete pela PuCCamp, especialização para professores da língua inglesa em Londres no Westminster College, fotógrafa sub,instrutora de mergulho PADI MSDT 86861) desde 1994 e sócia da Omnimare Turismo, Mergulho e Aventuras) Tel:12-3832-2005 elsie@omnimare.com.br

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